AUTOCONHECIMENTO

Autor: Edegar Tão
O conhecimento de si mesmo é portanto a chave do melhoramento individual
Santo Agostinho
A decisão de crescer intimamente nos exige pensamentos, sentimentos e atitudes, capazes de promover as necessárias transformações que desejamos realizar.
O filósofo grego Sócrates, há aproximadamente 450 anos antes de Cristo, já indicava no “conhece-te a ti mesmo” o caminho para a descoberta do ser. Na busca do crescimento intelectivo e moral, no conhecimento e na aplicação das virtudes, teremos maior consciência da nossa ignorância nos vários campos do saber.
Somos eternos aprendizes do viver e toda experiência traz um aprendizado; assim, devemos estar receptivos e permeáveis às novas ideias. Nos encontraremos mais dispostos e menos amedrontados para experimentar as diversas manifestações vivenciadas na vida de relação. Os atritos naturais, gerados no convívio social, permitirão o contato com a diferença, com a multiplicidade de ideias, conceitos, posturas e atitudes, bem como questionamentos, que quando positivos, tornam-se forças estimulantes ao burilamento de nós mesmos.
Jesus Cristo nos asseverava: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Conhecer a verdade pode ser visto como o encontro de si mesmo, com o seu deus interior, habilitando-se para a busca superior e a aproximação de novas possibilidades de realização e entendimento.
De fato, a ignorância nos afasta da liberdade, mantendo-nos acorrentados a hábitos e ideias cristalizados que acreditamos serem imutáveis.
Se agimos e pensamos conforme sentimos, bastante natural pois, que muitas vezes ajamos equivocadamente, semeando incompreensões e conflitos, dentro e fora de nós e sofrendo com as dores decorrentes da obtusão momentânea em que nos encontramos.
Cada um tem seu próprio momento de despertar, de buscar o seu melhor, e o seu melhor nunca estará fora de si mesmo.
Descobrimos o que necessitamos quando estamos prontos para tal; quando isto não acontece, nos sentimos como se tivéssemos um mapa do tesouro nas mãos, estando na ilha errada; confundindo paisagens e rotas, orientações e caminhos, causas com efeitos, transferindo para fora de nós o que a nós pertence.
Muitos vivemos buscando tesouros em ilhas erradas e demoramos muito tempo para compreender onde está o engano; procuramos em todos os lugares e nos esquecemos de usar o mapa dentro do nosso próprio território.
Como os bandeirantes de outrora, também desbravamos misterioso território; representado pelo nosso mundo íntimo ainda desconhecido e, não raro, pedregoso.
Empunhamos, porém, a bandeira da prospecção do autoconhecimento, permitindo que nossas conquistas douradas culminem na aquisição do ouro da liberdade.

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1 Resultado

  1. beth disse:

    excelente artigo!!!!! questionamentos que devemos fazer diariamente…